segunda-feira, 30 de maio de 2016

Convite: novo livro de Carmen Moreno em comemoração aos seus 30 anos de carreira!




AMIGO (a), UM CONVITE ESPECIAL!


 Nesta segunda, 30 de maio, 

festejarei 30 anos de carreira, 

com o lançamento de 
PARA FABRICAR ASAS, 
poesia (Ibis Libris). 
O evento será na Livraria da Travessa 
de Botafogo, a partir das 19h.  

Rua Voluntários da Pátria, 97, perto do metrô de Botafogo, Rio de Janeiro/RJ.


Os amigos, e poetas especiais, Delayne Brasil, Eugênia Henriques, Jorge Ventura, Mano Melo, Tanussi Cardoso e Thereza Motta realizarão leituras de poemas do livro.

Venha brindar comigo!

Carmen Moreno


 Dois poemas do livro Para Fabricar Asas:

 
REMORSO

 Onde enterrar os beijos que não dei e quis?

 Que luto lavará a dor do amor que não fiz?

 

QUEM ESTÁ VIVO?

 Quem faz teu caminho, pessoa?

 Algum deus plantaste nos pés,

 para alargar os trilhos, benzer os asfaltos,

 acalmar teus dias sem chão?

 Quem chora contigo nos temporais,

 quando as janelas te trancam o peito

 e a vida é lenta e pesa como um navio?

 Quem voa contigo nas tardes amenas,

 quando uma paz orgânica te transforma em pássaro,

 e nada dói ao redor de ti?

 Quem faz teu caminho, pessoa?

 Tens tempo para o tempo,

 ou não vês a sorte que atropelas

 na rigidez das metas?

 Quem faz teu caminho, pessoa?

 Já acordaste o amor,

 ou teus gestos secam na garganta,

 e teu afago é adiado até a morte?

 Estás vivo, pessoa?

 Sentes pulsar o teu sangue nas veias de alguém?

 Tua palavra talha ou cura?

 Tens um semelhante, pessoa?

 ou nada de teu pode ser nosso?

 

CARMEN MORENO
Escritora carioca, premiada em diversos gêneros literários, membro titular do PEN Clube do Brasil. Bacharel em Artes Cênicas e Licenciada em Educação Artística (ambos pela UNIRIO), leciona na área de sua formação. PUBLICOU: Para Fabricar Asas, poesia, (Ibis Libris), 2016;Loja de Amores Usados, poesia, (Multifoco), 2010. O livro, sob o título Língua de Mulher, recebeu o prêmio Bolsa de Incentivo ao Escritor Brasileiro, MINC/ Biblioteca Nacional, 1994; OEstranho, contos (FiveStar), 2006. Entre os contos premiados, inseridos na obra, Dora foi adaptado para o cinema, e participou do Festival Internacional de Gramado 2009, como média metragem convidado para finalizar a Mostra de Curtas Gaúchos. A obra foi finalista do programa de incentivo à leitura Biblioteca do Professor, SME/Rio de Janeiro. O Primeiro Crime,romance policial (Rocco), 2003. O livro lançou a Coleção Elas São de Morte, juntamente com as obras de Ana Arruda Callado e Ateneia Feijó; Sutilezas do Grito, contos (Rocco), 1997; A Erosão de Eros, dramaturgia, (RioArte), 1996 - Menção Honrosa no Concurso Literário Stanislaw Ponte Preta. O texto recebeu duas montagens teatrais, e participou de diversas leituras dramáticas. Diário de Luas, romance (Rocco), 1995, finalista da 5ª Bienal Nestlé de Literatura BrasileiraDe Cama e Cortes - Coleção Poesia na UERJ, 1993. A escritora participa de 24 coletâneas, entre as quais, Mais 30 Mulheres que Estão Fazendo a Nova Literatura Brasileira, org. Luiz Ruffato (Record), 2005. Entre as referências e estudos sobre sua obra, seu romance foi tema do mestrado de Lilian Gonçalves de Andrade: "Diário de Luas: um Künstlerroman no universo literário de Carmen Moreno – FURG/ RS, 2006. Recebeu 20 prêmios, entre eles: Prêmio Casa da América Latina (Concurso de Contos Guimarães Rosa 2003), Rádio França Internacional, Paris; Prêmio de Desenvolvimento de Roteiros Cinematográficos de Longa metragem (1ª fase: Argumento), MINC/ Secretaria do Audiovisual, 2001. Participa, desde a década de 80, de diversos recitais e eventos literários do País. Com o lançamento de Para Fabricar Asas, a autora comemora 30 anos de carreira!

APOIO VINÍCOLA AURORA 
(SEMPRE BRINDANDO À POESIA)




Carmen Moreno
 
Blog Literário:












Fwd: Programação especial do TERÇA CONVERSO dia 31 de Maio de 2016



Programação especial do TERÇA CONVERSO dia 31 de Maio de 2016

Amigos e poetas,

A próxima edição do Terça Converso será especial. Teremos os INSTANTÂNEOS sob o comando de Dalmo Saraiva [Leve um poema curto para falar!].  O poeta convidado é TANUSSI CARDOSO. E o POESIA SIMPLESMENTE apresentará a encenação  "No Rio de 450 anos, uma comédia de enganos].  Aguardamos sua presença.

Caso tenha problema em visualizar o anexo, visite no Facebook as nossa páginas Terça Converso e Poesia Simplesmente PS, sempre atualizadas com a programação do sarau.

Poesia sempre, poesia cada vez mais!

 

Poesia Simplesmente





sexta-feira, 20 de maio de 2016

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Fwd: TERÇA CONVERSO - Dia 17 de Maio de 2016


Amigos e poetas,

Enviamos a programação da próxima edição do Terça Converso.

Leve um poema curto para falar nos Instantâneos e faça outro poema com o tema da semana. Aguardamos sua presença.

Caso tenha problema em visualizar o anexo, visite no Facebook as nossa páginas Terça Converso e Poesia Simplesmente PS, sempre atualizadas com a programação do sarau.

Poesia sempre, poesia cada vez mais!

 

Poesia Simplesmente

 





terça-feira, 10 de maio de 2016

Trecho do Blog Verbo In-Verso de Fábio Santana Pessanha

"(...)A brincadeira verbal no arranjo musical de uma frase está para todo aquele que se escuta. E nessa autoescuta mora a poesia de amanheceres imagéticos, digna das mãos – calejadas ou não – por flores e cores tanto táteis quanto silenciosas.

Há um risco de humanidade em cada escrito que erigimos. Também há uma excessividade latente em todo verso que se firma corporalmente. O poema é um corpo inteiro, dotado de ritmo, morte e transbordamento. Por esse excesso, chega às pessoas e cada uma é tocada singularmente, dançando com as palavras num ritual que entremeia tanto a arrumação de sentidos quanto a inefável invenção de destinos. (...)"

Referências




Amigo (a): Convite especial, dia 30/ 30 anos de carreira, com lançamento de Para Fabricar Asas




AMIGO (a), UM CONVITE ESPECIAL:

 No dia 30 de maio, festejarei 30 anos de carreira, 

com o lançamento de 
PARA FABRICAR ASAS
poesia (Ibis Libris). 
O evento será na Livraria da Travessa 
de Botafogo, a partir das 19h.  

Rua Voluntários da Pátria, 97, perto do metrô de Botafogo, Rio de Janeiro/RJ.

Seu abraço será muito bem acolhido!

Carmen Moreno

 

 Dois poemas do livro Para Fabricar Asas:

 
REMORSO

 Onde enterrar os beijos que não dei e quis?

 Que luto lavará a dor do amor que não fiz?

 

QUEM ESTÁ VIVO?

 Quem faz teu caminho, pessoa?

 Algum deus plantaste nos pés,

 para alargar os trilhos, benzer os asfaltos,

 acalmar teus dias sem chão?

 Quem chora contigo nos temporais,

 quando as janelas te trancam o peito

 e a vida é lenta e pesa como um navio?

 Quem voa contigo nas tardes amenas,

 quando uma paz orgânica te transforma em pássaro,

 e nada dói ao redor de ti?

 Quem faz teu caminho, pessoa?

 Tens tempo para o tempo,

 ou não vês a sorte que atropelas

 na rigidez das metas?

 Quem faz teu caminho, pessoa?

 Já acordaste o amor,

 ou teus gestos secam na garganta,

 e teu afago é adiado até a morte?

 Estás vivo, pessoa?

 Sentes pulsar o teu sangue nas veias de alguém?

 Tua palavra talha ou cura?

 Tens um semelhante, pessoa?

 ou nada de teu pode ser nosso?

 

CARMEN MORENO
Escritora carioca, premiada em diversos gêneros literários, membro titular do PEN Clube do Brasil. Bacharel em Artes Cênicas e Licenciada em Educação Artística (ambos pela UNIRIO), leciona na área de sua formação. PUBLICOU: Para Fabricar Asas, poesia, (Ibis Libris), 2016; Loja de Amores Usados, poesia, (Multifoco), 2010. O livro, sob o título Língua de Mulher, recebeu o prêmio Bolsa de Incentivo ao Escritor Brasileiro, MINC/ Biblioteca Nacional, 1994; O Estranho, contos (FiveStar), 2006. Entre os contos premiados, inseridos na obra, Dora foi adaptado para o cinema, e participou do Festival Internacional de Gramado 2009, como média metragem convidado para finalizar a Mostra de Curtas Gaúchos. A obra foi finalista do programa de incentivo à leitura Biblioteca do Professor, SME/Rio de Janeiro. O Primeiro Crime, romance policial (Rocco), 2003. O livro lançou a Coleção Elas São de Morte, juntamente com as obras de Ana Arruda Callado e Ateneia Feijó; Sutilezas do Grito, contos (Rocco), 1997; A Erosão de Eros, dramaturgia, (RioArte), 1996 - Menção Honrosa no Concurso Literário Stanislaw Ponte Preta. O texto recebeu duas montagens teatrais, e participou de diversas leituras dramáticas. Diário de Luas, romance (Rocco), 1995, finalista da 5ª Bienal Nestlé de Literatura Brasileira. De Cama e Cortes - Coleção Poesia na UERJ, 1993. A escritora participa de 24 coletâneas, entre as quais, Mais 30 Mulheres que Estão Fazendo a Nova Literatura Brasileira, org. Luiz Ruffato (Record), 2005. Entre as referências e estudos sobre sua obra, seu romance foi tema do mestrado de Lilian Gonçalves de Andrade: "Diário de Luas: um Künstlerroman no universo literário de Carmen Moreno – FURG/ RS, 2006. Recebeu 20 prêmios, entre eles: Prêmio Casa da América Latina (Concurso de Contos Guimarães Rosa 2003), Rádio França Internacional, Paris; Prêmio de Desenvolvimento de Roteiros Cinematográficos de Longa metragem (1ª fase: Argumento), MINC/ Secretaria do Audiovisual, 2001. Participa, desde a década de 80, de diversos recitais e eventos literários do País. Com o lançamento de Para Fabricar Asas, a autora comemora 30 anos de carreira!


Carmen Moreno
 
Blog Literário:




segunda-feira, 9 de maio de 2016

Poemas de Elvé Monteiro de Castro

 

         Belos Beijos  

 "These pretty pleasures might me move,

To live with thee and be thy love." Shakespeare.

 

       "Por estes prazeres de tanto ardor,

       vou viver contigo e ser teu amor." Trad. Elvé .

 

       Invisto em ti todo o meu tempo,

       tempo que não tem preço,

       tempo que voa.

       Olho teu rosto e vejo em teus olhos cerrados

       faíscas de luz,

       ou arregalados, com um medo que seduz.

       Toco em teu lábio e sinto o gosto de um beijo

       que, se pudesse, não acabava nunca mais.

       Abraço-te, e meus pelos se eletrizam

       no contato com a relva de tua pele nua.

       Tuas pernas são troncos de um Templo

       que venero.

       Dou-te de presente um cinto, brocado em hera.

                    Se por estes prazeres sentires ardor,

                   então, viva comigo e seja o meu amor.

 

            na Lu A

 Minha primeira namorada foi a Lua/...

da casa em que eu morava, ela subia nua,

no horizonte azul de minha juventude.

Do poema "Sonho Real" -  Quases, emc.

 

Amor! Você está tão perto de mim

e, ainda assim, tão longe. Não perca tempo.

O tempo é tão curto, e a vida voa,

e lembre-se de tudo que eu lhe disse:

            a fome que tenho de sua beleza;

            a sede que tenho de seu perfume;

            e os milhares de beijos pra lhe dar.

            Paciente, vou esperar com ciúme.

Se um dia, ou melhor, se uma noite,

você quiser saber e provar qual

é o gosto do meu amor, então

entre. A porta está sempre toda aberta.

            No escuro, tire a roupa e deite nua,

            a meu lado e, sem dizer palavra,

            deixe seu corpo lutar contra o meu.

            Venha  cavalgar sem medo e pudor.

Vamos provar que a vida vale a pena.

Depois, pegue sua roupa e saia de mansinho,

e, leve, para sempre, a lembrança de meus

                                                     carinhos.

 

      Ode ao Átomo e ao Amor

 "Vida: um acidente curioso ocorrido

   num canto do Universo." 

                        Paulo Guedes.

 Nosso amor nasceu estranho como o cosmos.

No início não havia nada.

Nem espaço, nem tempo, nem vácuo.

Nada mais que um ponto – uma singularidade,

onde se concentrava toda a energia do mundo.

 

E ela explodiu, e explodiu, e expandiu

seus trilhões de graus, e começou a esfriar,

há mais de treze bilhões de anos atrás,

e um átomo se coagulou – era o prenúncio

de que você poderia nascer um dia.

 

Seu nome não era Vega nem Lira. Era Belatriz.

E a Vida começou a crescer até chegar

ao baobá, jatobá e jequitibá,

e, depois, ameixa, amora, maçã e o amor.

 

« Mon amour est née avec la fraischeur

   du fruit vert »

 "Meu amor nasceu com a doçura

  de uma fruta fresca",

 

sazonada, e devorada antes do tempo.

 

Coube a mim a ventura de tê-la entre os dentes.

Ela veio cheinha de deliciosas carnes,

cabelos pretos em longas madeixas perfumadas,

seios enormes, prenhes a ser sugados,

olhos e cílios, lábios e língua,

toda pronta pra ser beijada e amada.

 

         Zé com duas Muié

 "...tomou as suas duas mulheres,

    e as suas duas escravas,

    com os seus onze filhos..."

             Bíblia, Gêneses, 32-21.

  Sei que quase todos têm uma,

mas, não sei por que é que é,

eu tenho duas muié. 

 

Uma é madura, meio tanajura,

mas é uma gostosura de muié.

A outra é novinha, meio bobinha,

mas faz de tudo que a outra não qué.

 

Uma eu beijo da ponta do pé,

até chegar ao ponto que ela qué.

A outra, beijo dos cachos dos cabelos

até dentro do facho dos pelos.

 

Quando uma me falta,

sinto como se tivesse chupado

só a metade das laranjas do pé.

 

Não sei por que é que é,

mas só sei viver com

                                   duas muié.

      Cozido Muito Doido*

"Tudo que se mexe é pornográfico"

            Jean Luc Godard

 "...com capricho tampo

     o restinho de molho na panela."

            Adélia Prado.

 Meta a colher de pau lá bem no fundo e mexa,

e mexa, mexa, mexa,

mas, primeiro, prepare a panela e o tempero:

use o dedo e besunte a base com barrela;

com calma, faça um molho bem molhado,

de azeite, creme e grelo de bambu.

 

Paciente, com a ponta da língua, experimente.

Aparte as carnes: duas coxas e costela,

linguiça com dois ovos, peito de peru.

Uma cenoura inteira, (cenoura não se pica)

lavada, descascada e temperada

co' azeite virgem, se possível, extra-virgem.

 

Quando o caldo estiver bem viscoso e macio,

meta a cenoura ou dente de alho grande e grosso.

            It could as well be an eggplant, big a lot,

            but at times it doesn't fit into the pot.

             Pode também ser uma berinjela

            mas, às vezes, não cabe na panela.

 Aqueça "a cenoura" até ficar bem roxa.

Sinta o sabor, devagar, antes de murchar.

 

Ponha tudo em panela funda e em fogo brando,

junte um saco com ervas de cheirinho doce.

Se ferver, baixe o fogo e comece de novo.

Bom cozido demora mais de duas horas.

E, se estiver no ponto e a gosto, a panelada,

meta a colher de pau lá bem no fundo e mexa,

     e mexa, mexa, mexa, até de madrugada.                          

 *Poema dedicado a Elke Maravilha.




Convite Exposição Ferreira Gullar

Segue o e-flyer eletrônico da inauguração.




quarta-feira, 4 de maio de 2016

Poemas de Elvé Monteiro de Castro

---------- Mensagem encaminhada ----------
De: "Elve Monteiro de Castro" <elve@globo.com>
Data: 04/05/2016 18:32
Assunto: Poesia Simplesmente
Para: "Delayne Brasil" <delbrasil@gmail.com>
Cc:

Querida Delayne: Segue, em anexo, cópia dos poemas apresentados ontem. Bjs. Elvé.